Ser
um educador infantil é uma enorme responsabilidade, ora pois é através
desse que as crianças entram em contato após a família. É na escola,
como um segundo ambiente socializador que a criança começa a ampliar sua
rede de relações e, que através dela e o educador, constrói
conhecimentos significativos a seu modo de perceber a vida.
Já que a educação deve ser considerada um processo de formação
contínua, pode-se dizer que tal educador, principalmente por estar
lidando com os pequenos, precisa levar muito a sério sua profissão,
gostar do que faz e renovar-se á todo momento, pois ensinar e aprender é
fundamental como conceito inicial para esse profissional.
Tal educador tem que possuir um perfil, no qual acredite na
transformação, que goste de mudança e que para isso seja eternamente
curioso.
Quem dera se todos os profissionais docentes tivessem uma compreensão e
visão homogênea da infância. Talvez seja a multiplicidade de olhares
que tornem o ensino interessante e passível de crescimento. Cada teoria
também produz um tipo de “olhar” sobre a infância, desde os que apenas
acham que ser criança é apenas mais uma de tantas etapas de nossa vida,
até aqueles que procuram na infância toda a origem de quem somos agora.
Sendo o adulto alguém que a criança instintamente tenta imitar, cabe ao
educador ser possuidor de um carinho imenso com seus alunos, pois é
através de um olhar, do toque que muitas crianças revelam suas emoções
de tristeza e alegria. Primordialmente, além de todo conhecimento que se
tenha a partir da teoria, a prática do educador infantil será grandiosa
quando puder contribuir de forma ativa no crescer e desenvolver de
atitudes de respeito e afeto das crianças.
Celso Antunes diz: “Que
sejam desafiadores, inquietos, responsáveis e sobretudo estudiosos para
que se mantenham sempre ao lado dos avanços científicos da neurologia,
pedagogia, psicologia e psicopedagogia e que saibam transpor essas
conquistas para sua ação junto às crianças.
Que
dominem estratégias de ensino que possibilitem que as crianças ensaiem,
estruturem projetos, façam explorações, elaborem hipóteses, desenvolvam
conjeturas que as ajude a sair do egocentrismo, jamais incutindo
conhecimentos, mas intermediando a construção de conceitos e de
significações;
Que
seja um (a) especialista em jogos, mas que os descubra não como
elemento apenas de recreação e lazer, mas como ferramenta usada pela
mente para explorar todas as inteligências e para transformar de forma
significativa a maneira de pensar da criança;
Que
seu olhar sobre o desenvolvimento humano não seja de apenas encanto e
jamais de infantilização, mas de integral comprometimento com a
profissão, com as conquistas da ciência e com o trabalho”.
Portanto,
o papel do professor abrange mais do que a rotina de sala de aula, mas
completa-se pelo cuidado do professor em relação ao seu aluno. Partindo
desta ideia, é possível perceber a necessidade do professor ter um olhar
zeloso sobre a criança, um olhar que o acompanhe em casa, no pátio da
escola, nos corredores da escola e principalmente dentro da sala de
aula. Para tanto, é necessário que haja envolvimento, afeto, dedicação,
pois somente assim formar-se-á cidadãos mais reflexivos que contribuirão
para uma sociedade melhor.
Que eu nunca perca o foco de ter um olhar sensibilizado sobre meu aluno.
Regina Gregório
Referencia: Educação infantil: prioridade imprescindível Celso Antunes
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