A obesidade
é um dos maiores desafios de saúde pública do século 21. O problema
afeta muitos países, especialmente os economicamente desenvolvidos, e é
mais grave quando se fala em obesidade infantil.
Números divulgados pela OMUS (Organização Mundial da Saúde) em 2013 apontam que 2,8 milhões de
pessoas morrem por ano por problemas decorrentes do excesso de peso.
Segundo a Iniciativa de Vigilância da Obesidade Infantil, braço da OMS,
em todo o mundo, um terço das crianças de 6 a 9 anos está obesa ou acima do peso. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, uma em cada três crianças sofre com a doença.
Crianças com sobrepeso e obesidade tendem a ficar obesas na idade adulta e são mais propensas a desenvolver diabetes
e doenças cardiovasculares ainda jovens. No entanto, a própria OMS
reconhece que, para resolver o problema, é preciso vencer um adversário
de peso: a propaganda.
Em junho deste ano, a OMS-Europa declarou que a propaganda de alimentos
nocivos a crianças se mostrou "desastrosamente eficaz" em estimular a
obesidade, em especial com o uso das redes sociais para promover
alimentos ricos em gorduras, sódio e açúcar, mas pobres em vitaminas,
minerais e outros micronutrientes saudáveis.
Há anos a promoção desse tipo de alimento é apontada como um fator de
risco significativo para a obesidade infantil e, numa idade mais
avançada, para doenças crônicas associadas à alimentação, como doença cardíaca e câncer.
“Hoje não há mais dúvidas sobre a influência das propagandas, sobretudo
na televisão e nas escolas para o aumento excessivo do consumo de
alimentos/bebidas industrializados e comercializados. Estamos
vivenciando um nova geração de crianças e adolescentes com excesso de
peso que veem muitas horas de televisão (há relação direta entre horas
assistindo televisão e ganho de peso), chamada por alguns autores de
obesiTV”.
Outras causas
As informações estampadas nos rótulos dos produtos nem sempre informam devidamente quem tenta ter uma alimentação saudável. Por isso, institutos e organizações ligadas ao direito do consumidor e à saúde cobram mudanças no rótulo dos alimentos, para que eles alertem sobre os ingredientes não saudáveis presentes na composição de cada produto.
O que é obesidade?
Sobrepeso e obesidade são definidos pela OMS como o acúmulo de gordura
anormal ou excessivo que apresenta um risco para a saúde. A obesidade é
medida através do índice de massa corporal (IMC), calculado pela divisão
do peso de uma pessoa (em quilogramas) pelo quadrado da sua altura (em
metros). Uma pessoa com IMC igual ou superior a 25 é considerada com
sobrepeso. Já uma pessoa com um IMC de 30 ou mais é geralmente
considerada obesa.
Infância e obesidade
A infância é um momento crucial para o problema da obesidade. É nessa faixa etária que nosso corpo produz mais células adiposas,
responsáveis pelo armazenamento de gordura em nosso corpo. Essas
células são muito elásticas e, quando nos alimentamos em excesso, são
estimuladas a armazenar gordura podendo adquirir até dez vezes o seu
tamanho normal. Quando chegam a esse limite, dividem-se ao meio, dando
origem a nova célula, também capaz de armazenar mais reservas adiposas. A
partir da adolescência, essas células perdem o poder de duplicação.
Vale lembrar que as gorduras também são importantes e mesmo uma dieta
equilibrada deve incluí-las de forma saudável. As gorduras ou lipídeos
realizam várias funções diferentes no nosso corpo. Elas estão
relacionadas ao crescimento, ajudam a dissolver vitaminas (vitaminas
lipossolúveis como A, D, E e K), agem no processo de espermatogênese
(produção de espermatozóides) e também atuam como uma reserva de
energia.
Já o colesterol
é uma gordura encontrada nas células e que é importante para o
funcionamento do organismo. Essa gordura é usada pelas células para a
produção das membranas celulares e dos hormônios esteróides (estrógenos e
testosterona). É produzido pelo fígado e pela alimentação ingerida por
cada pessoa.
No entanto, existe o colesterol ruim e o bom. O primeiro é o LDL
(proteína de baixa densidade), que pode formar pequenos trombos, ou
seja, pequenos aglomerados de células gordurosas que impedem a passagem
do sangue pelos vasos sanguíneos e podem ocasionar doenças
cardiovasculares. O segundo é o HDL (proteína de alta densidade), que
impede o LDL de circular na corrente sanguínea.
Direto ao ponto
O sobrepeso e a obesidade são alguns dos principais desafios de
saúde pública do século 21. O assunto é ainda mais grave quando se trata
de crianças. Dados recentes da Iniciativa de Vigilância da Obesidade
Infantil, da OMS, mostram que em média um terço das crianças de 6 a 9
anos está obeso ou acima do peso atualmente. Crianças que estão acima do peso tendem a ficar obesas na idade adulta e são mais propensas a desenvolver diabetes, asmas, além de doenças renais e cardiovasculares ainda jovens. No entanto, a própria OMS reconhece que, para isso, é preciso vencer um adversário de peso: a propaganda. Em junho deste ano, a OMS-Europa declarou que a propaganda de alimentos nocivos a crianças se mostrou "desastrosamente eficaz" em estimular a obesidade, em especial com o uso das redes sociais para promover alimentos ricos em gorduras, sal e açúcar. Mas a principal causa da obesidade na infância costuma ser o desequilíbrio entre o consumo de alimentos e o gasto de calorias. Segundo a OMS, nos últimos anos o consumo global de alimentos altamente calóricos e gordurosos foi alto, enquanto ao mesmo tempo houve uma queda na atividade física devido ao aumento de exercícios laborais, mudança nos meios de transporte, aumento da urbanização e falta de tempo. Como a obesidade e o excesso de peso podem ser evitados, é importante que os pais e a sociedade tenham como meta estabelecer uma boa alimentação durante a infância, combinada com a prática de atividades físicas. |
Fonte: Brasil Escola
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