O que há de mais
notável é que sorrir para uma pessoa provoca uma reação recíproca e
igual, mesmo quando ambos os sorrisos são falsos.
Uma experiência
realizada pelo professor Ulf Dimberg, da Universidade de Upsala, Suécia,
revela que o inconsciente exerce controle direto sobre os nossos
músculos faciais. Usando equipamentos capazes de captar sinais elétricos
emitidos pelas fibras musculares, ele mediu a atividade muscular facial
de 120 voluntários aos quais foram mostradas fotos de pessoas alegres,
indiferentes e zangadas.
Os voluntários foram instruídos a
fazer expressões carrancudas, sorridentes e inexpressivas em resposta ao
que viam. Às vezes lhes pediam para fazerem expressões opostas ao que
estavam vendo – responder a um sorriso com um franzir de cenho e a uma
expressão carrancuda com um sorriso.
Embora tentassem conscientemente
controlar as suas reações naturais, a crispação dos músculos faciais dos
voluntários contava uma história diferente – eles estavam espelhando as
expressões que viam, mesmo se esforçando para não fazê-lo. Isto
significa que, quer percebamos ou não, nós automaticamente copiamos as
expressões faciais que vemos.
É por isso que sorrir
regularmente é parte importante de nosso repertório de linguagem
corporal, mesmo quando não estamos dispostos, porque o sorriso
influencia diretamente as atitudes das pessoas em torno de nós e a forma
como elas reagem à nossa presença.
A ciência provou que quanto mais você sorri, mais respostas positivas obtém das outras pessoas.
Em mais de 30 anos
estudando vendas e processos de negociação, descobrimos que sorrir em
momentos apropriados, como nos estágios iniciais de um negócio, quando
as pessoas estão se avaliando, causa uma reação positiva de ambos os
lados e resulta em acordos mais interessantes e maiores índices de
vendas.
A capacidade de
decodificar sorrisos parece estar programada no cérebro como uma espécie
de módulo de sobrevivência. Como o sorriso é essencialmente um sinal de
submissão, nossos ancestrais precisavam ser capazes de reconhecer se um
estranho que se aproxima era amistoso ou agressivo. Aqueles que não
fossem capazes de fazê-lo, pereciam.
Livro: Desvendando os segredos da Linguagem Corporal -
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