terça-feira, 10 de novembro de 2015

Nota de Pesar: Monsenhor Hélio Maranhão

É com muito pesar que informamos sobre a morte do nosso Padre Monsenhor Hélio Maranhão. Neste momento de dor e consternação, só nos cabe pedir a Deus que lhe ilumine e lhe dê paz, e que Deus dê conforto à sua família para que possam enfrentar esta imensurável dor com serenidade.
Agradecemos imensamente o tempo que pudemos conviver com ele, que será sempre lembrado pelo exemplo de pessoa,  honestidade, lealdade, inteligência, competência e sensibilidade para lidar com as adversidades e conflitos humanos.

O Prefeito Raimundo Nonato Abrãao Baquil  e a Secretaria de Educação Daisy Baquil desejam os mais sinceros pêsames aos familiares e amigos.



Biografia:
Nasceu em Barra do Corda-MA, a 27 de maio de 1930. No Grupo Escolar Frederico Figueira, de sua cidade natal, fez o curso primário. Aos 13 anos transferiu-se para São Luís, ingressando no Seminário Santo Antônio, onde cursou Humanidades (antigos ginásio e clássico) e Filosofia. Durante o período de seminarista (1943-52) foi presidente dos Santos Anjos (divisão associativa dos seminaristas menores), da Congregação dos Filhos de Maria (dos maiores), da Academia Lítero-Musical Dom Francisco e da Caixa Esportiva Pio XII; deão dos menores e professor no curso de admissão ao Seminário.
Escolhido pelo reitor do Seminário, padre Hézio Moraes, e pelo arcebispo Dom José de Medeiros Delgado para estudar na Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma), ali ingressou em 1953. No ano seguinte foi eleito presidente da Academia Beato Inácio de Azevedo, do Centro de Estudos do Pontifício Colégio Pio Brasileiro. A 8.out. 1956 colou grau de bacharel em Teologia. Ainda em Roma participou do III Congresso de Mariologia, fez o curso Movimento por um Mundo Melhor (Rocca del Papa, 1955) e, na Basílica de São João de Latrão (a Catedral do Papa), foi ordenado presbítero secular da Ordem de São Pedro (padre diocesano), a 22.dez.1956. Na Bélgica (Bruxelas – Maison Tourneppe) participou do Curso para Formação de Assistentes da Ação Católica.
De volta ao Maranhão, fez diversos cursos de habilitação para o magistério, entre os quais os de Didática Geral, Didática Especial e Conteúdo de Francês (São Luís, CADES, 1959), de Elementos Básicos de Serviço Social (São Luís, SESI, 1959), de Diretor do Ensino Secundário (São Luís, CADES, 1959), de Técnico do Magistério de 2° Grau (Tutoia-MA, 1973-77) e de Habilitação em História, Psicologia e Sociologia para o 2° Grau (1979).
Licenciado em Filosofia pela Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras de São João del Rei-MG (1977-78).
Professor dos cursos de Humanidades e de Filosofia do Seminário de Santo Antônio, onde lecionou Filosofia, História da Filosofia, Psicologia Experimental, Sociologia, Literatura Estrangeira, Apologética Científica e Liturgia.
Vigário cooperador de Pedreiras e Codó. Na última cidade maranhense fundou a JAC e dirigiu o Colégio Codoense, da Campanha Nacional de Educandários Gratuitos, cuja sede, com 16 salas de aulas, fez construir.
Participou, em Caxias do Sul-RS, do Curso Latino-Americano de Teologia Pastoral (1978) e, em Medellín (Colômbia), do Curso de Lengua Española (Colégio Madre Antonia Cerini 1979) bem como do Curso de Reciclagem de Teologia Pastoral (Celam, 1979) e, em Belo Horizonte, do Curso de Estudos Bíblico-Pastorais (Arquidiocese Militar do Brasil, 1995).
Após coordenar o ensino religioso do Instituto de Educação do Maranhão (1960) e lecionar Filosofia e Religião na Faculdade de Ciências Médicas do Maranhão (1960-62) e Doutrina Social na Faculdade de Enfermagem (1961-62), foi nomeado vigário ecônomo e pároco de Tutoia-MA, onde permaneceu de 1964 a 1989 e teve grande atuação religiosa e social. Fundador e diretor do Colégio Almeida Galhardo e dos complexos educacionais dos povoados Barro Duro e Paulino Neves, também criou e dirigiu as Comunidades Eclesiais de Base de Tutoia, o Social Tutoia Clube, a Organização Social João Tavares, o Hospital-Maternidade Zuza Neves, o Lactário Margaridinha; organizou a Salina Povo de Deus, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, reorganizou a Colônia de Pescadores Z/12 Sá Viana e coordenou a Pastoral Diocesana de Brejo-MA.
Em São Luís foi presidente da Comissão Estadual de Terras (1980-81), organizador e primeiro presidente do Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (1982-83), assessor da Secretaria de Trabalho e Ação Social (1982), técnico em Planejamento e Recursos Humanos do Governo do Maranhão (1984-90), diretor do Departamento de Assuntos Estudantis da UFMA (1986-88) e esteve à frente da Paróquia de São Vicente de Paulo (1981-85).
Participou de numerosos encontros e peregrinações religiosas no Brasil e no exterior. Distinguido com a dignidade eclesiástica de monsenhor, é, desde 24. nov. 1993, capelão-chefe do Serviço de Assistência Religiosa da Polícia Militar do Maranhão – SAR, onde tem o posto de tenente-coronel.
Mantém constante colaboração na imprensa de São Luís e tem publicados numerosos trabalhos, notadamente no campo das atividades pastorais. Um deles registra uma linha de trabalho na Paróquia de Tutoia e se intitula Igreja, Comunidade Eclesial de Base-CEB. São Luís, 1998. Entre outros livros, publicou Palavras de ontem e de hoje. São Luís, 1999; Uma carta de amor (Deus charitas est) Bento XVI. São Luís: Gráfica e Editora Tema, 2007; Frei Antônio de Sant´Ana Galvão, o primeiro santo brasileiro nato: sua vida e seus milagres. São Luís: Gráfica e Editora Tema, 2008; O brilho das estrelas. São Luís: Gráfica e Editora Tema, 2008; Perfis de maranhenses ilustres. São Luís: s.d.; Tem inéditos Janelas de meu claustro (poesia) e A verdade liberta (artigos) e outros livros.
Aos 78 anos de idade o monsenhor Hélio Maranhão foi nomeado Vigário Forâneo do Maranhão, Piauí, Pará e Amapá, tendo feito a primeira visita pastoral aos Estados e enviado ao arcebispo militar o relatório de viagem forânea relativo a 2007.

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